sábado, 24 de setembro de 2016

Montmartre painted by Littlelle & Amélie Poulain






















O contraste da imponente Basílica de Sacré Coeur, no topo de uma colina, com os cafés e cabarés circundantes, torna  Montmartre numa zona única de Paris. 

Basílica de Sacré Coeur

Posters Vintage de Montmartre
Pormenor Cancan

Cafés em Montmartre
Ambiente das ruas de Montmartre
O espírito boémio e o charme das ruas deste bairro tem sido fonte de inspiração para vários artistas, desde a área da pintura, com Renoir, Picasso, Toulouse-Lautrec ou Van Gogh, à literatura e ao cinema, podendo ainda hoje, encontrar-se vários artistas nesta zona. 
  
Torre da Basílica Sacré Coeur vista da Place des Tertres 



Place des Tertres onde se encontram diariamente instalados vários artistas
É definitivamente um bairro que respira arte! Para além disso têm Paris aos seus pés, sendo possível ter uma vista panorâmica sobre a cidade.
Vista sobre Paris da Basílica de Sacré Coeur
Vista sobre Paris da Basílica de Sacré Coeur
Esta boémia e pitoresca zona parisiense foi o cenário perfeito para contar a história de Amélie Poulain, uma jovem sonhadora que revela uma imensa vontade de fazer os outros sorrir, criando o seu próprio mundo de fantasia, através do qual transmite ao espectador uma espécie de poção mágica para a procura dos pequenos prazeres do dia a dia. O modo de estar e viver da Amélie, acabou por ser uma das fontes de inspiração para este blog, onde procuro partilhar os pequenos detalhes que preenchem sinestesicamente as recordações de cada local ou viagem, a fim de provocar o desejo no leitor da procura da beleza subjetiva dos locais publicados.

Pintura representativa do bairro de Montmartre

“O Fabuloso destino de Amélie” (2001) de Jean-Pierre Jeunet, realizador francês, cujos filmes normalmente se encontram envoltos numa penumbra surrealista que mistura o sonho e a realidade, encontra-se entre os meus filmes favoritos. Assim, numa das minhas viagens a Paris, cidade que me preenche o coração, não pude deixar de procurar por entre as ruas de Montmartre, os locais onde se desenrolaram algumas cenas do filme. Entre elas, o Café des Deux Moulins (15 Rue Lepic, 18e arrondissement, encontra-se aberto todos os dias das 7h30 às 2 da manhã).

Café des 2 Moulins

Edifício estilo arte nouveau na Rue Lepic 

A sua localização dá-lhe o nome “Deux Moulins”, uma vez que o café se situa entre os dois famosos moinhos, o Moulin Rouge, conhecido pelo Cancan e o Moulin de la Gallete, local de entretenimento da burguesia no século XIX, retratado por Renoir na pintura “O baile no Moulin de la Galette”. Curiosamente esta pintura surge também no filme de Amélie.

Moulin Rouge, cabaré agora conhecido pelo espectáculo de CanCan

Vista nocturna do Moulin Rouge
Moulin de la Gallete
"O Baile no Moulin de la Galette" pintura de Renoir (1876) exposta no Museu de Orsay em Paris

O café apresenta uma decoração simples, com várias imagens e icons alusivos ao filme. Na casa de banho encontram-se expostos vários objectos, como os gnomos e as fotografias que Amélie tirava para enviar ao seu pai, com o gnomo a viajar pelo mundo. 

Interior do Café des 2 Moulins

Interior do Café des 2 Moulins

Interior do Café des 2 Moulins

Icons do filme exposto na casa de banho
Icons do filme exposto na casa de banho
Este café pode ser uma opção, entre os vários cafés desta zona, para tomar apenas uma bebida ou aproveitar para fazer uma refeição, enquanto se passeia pelas ruas deste bonito bairro.
Café des deux Moulins
Chocolate quente no Café des Deux Moulins

“O Fabuloso destino de Amélie” é uma excelente fonte de motivação para quem esteja na dúvida de ir a Paris. De qualquer forma é sempre uma boa opção para ver e rever, a fim de nos autorizarmos a sonhar ...


domingo, 18 de setembro de 2016

Marrakesh painted by Littlelle: Practical issues



Como ir?

Se viajares a partir de Portugal, tens voo de Lisboa pela TAP com destino a Marraquexe, o tempo de voo é bastante curto.
O aeroporto não fica muito distante da cidade, o nosso hotel disponibilizou-nos um transfere que ficou cerca de 20 euros por pessoa. Podes optar por ir de táxi, contudo pela minha experiência poderá não ser uma boa opção. Os preços devem ser muito bem negociados, existindo ainda a possibilidade do taxista parar em alguma lojinha pelo caminho, onde tenha comissão. Por isso aconselho a andar de táxi apenas quando for necessário e recomendo andar a pé sempre que possível, para não desperdiçar a experiência de andar nas ruas e de observar os costumes e hábitos das pessoas.

How to go?

If you are traveling from Portugal, you have TAP flights from Lisbon to Marrakesh. Time flight is very short.

The airport isn’t far from the city, our hotel made us a transfer which was about 20 euros per person. You can choose to go by taxi, but in my experience, it might be not a good option. The prices have to be very well negotiated, and there’s still the possibility of the taxi driver stop at some shop along the way, where he has some commission. So you should ride a taxi only when it’s really necessary and walking whenever it’s possible, so you won’t waste the experience of walking on the streets and observing the customs and habits of people.

O trânsito na cidade (foto de Littlelle, editada por HRebelo)


Onde ficar?

Se o teu objetivo é realizar uma viagem cultural e económica, recomendo o alojamento no centro histórico, dentro da zona muralhada, onde fica situada a maioria dos pontos de interesse históricos e culturais. Na medina existem imensos Riads (pensões típicas marroquinas), os grandes hotéis ficam mais distantes do centro. Eu fiquei alojada num Riad no meio da medina, muito próximo da praça Jemaa el fna, chamado Monriad (http://www.monriad.net/), paguei cerca de 30€ por noite, com direito a um delicioso pequeno-almoço. O hotel não é luxuoso, mas é acolhedor, muito bem localizado, limpinho e o staff é super simpático. Foram-nos buscar ao aeroporto e explicaram-nos os aspetos a ter em atenção e locais mais importantes de Marraquexe. Neste hotel podem-se adquirir vários passeios.

Where to stay?

If you want to make a more cultural and economic trip, I recommend you to choose an accommodation in the historic center, within the walled area, where most of the historical and cultural points of interest are located. In the medina there are many Riads (typical Moroccan pensions), the big hotels are further away from the center. I stayed in a Riad in the middle of the medina, very close to the Jemaa el Fna square, called Monriad (http://www.monriad.net/), I paid around € 30 per night, with a delicious breakfast inclusive. The hotel is not luxurious, but it’s cozy, very well located, clean and the staff is super friendly. They picked us up at the airport and explained the aspects to take into consideration and the most important places in Marrakesh. In this hotel you can get several tours.

Riad Monriad (foto de Littlelle, editada por HRebelo)

O que comer?

Tudo! Antes de ir para Marrocos, conversei com diversas pessoas que tinham viajado para este destino que me assustaram, uma vez que é necessário ter alguns cuidados como: não beber água da torneira; não comprar água a vendedores de rua, porque alguns enchem as garrafas com água da torneira; não beber bebidas com gelo; não comer saladas frias; etc. Apesar de todas as especiarias, nunca acusei problemas digestivos, poderá ter sido por terminar as refeições com o delicioso chá marroquino (hortelã e kg de açúcar!). Gostei de toda a comida no geral: couscous, tangine, sopa, laranja com canela, sumo de laranja natural da praça. Especiarias a 100% a invadirem as ruas da cidade.

What to eat?

Everything! Before going to Morocco, I talked to some people who had traveled to this destination that scared me, since it’s necessary to have some special cares like: don’t drink tap water; don’t buy water from street vendors, because some fill the bottles with tap water; don’t drink iced drinks; don’t eat cold salads; etc. In spite of all the spices, I never accused digestive problems, it could have been for finishing meals with the delicious Moroccan tea (mint and kg of sugar!). I enjoyed all the food in general: couscous, tangine, soup, orange with cinnamon, natural orange juice from the square. 100% spices invade the streets of the city.
Chá marroquino (foto de Littlelle, editada por HRebelo)
Comida tradicional marroquina - tangine e couscous (foto de Littlelle, editada por HRebelo)

Onde comer?

À volta da praça Jemaa el fna existem muitos cafés com esplanadas e restaurantes. É muito agradável ir tomar um chá marroquino ao pôr-do-sol nos terraços desses bares e apreciar toda a agitação envolvente.
Ao final da tarde a praça transforma-se num festival gastronómico, onde são montadas bancas com comida a preços bastante acessíveis: espetadas, sopa, caracóis, tudo... Nós comemos por lá apenas no último dia da viagem, não fossemos ter alguma indisposição. Por favor tentem não reparar na forma como lavam a loiça!! Apesar disso, se quiserem desfrutar deste mercado (o que eu acho que vale a pena) podem experimentar a banca nº 1 CHEZ AICHA (http://www.tripadvisor.com.br/Restaurant_Review-g293734-d1119672-Reviews-Aicha-Marrakech_Marrakech_Tensift_El_Haouz_Region.html), comemos muito bem por lá.
Em Marraquexe, em geral é tudo barato. Fazem-se refeições boas por 6€. 

Where to eat?

Around the Jemaa el Fna square there are many cafés with terraces and restaurants. It’s very pleasant to go there, and take a Moroccan tea at sunset on a terrace and enjoy all the surrounding excitement.
At the end of the afternoon, this square becomes a gastronomic festival, where food stands are set up at very reasonable prices: sausage, soup, snails, everything ... We only ate there on the last day of the trip, or wouldn’t we have any unpleasant stomach ache. Please try not to notice how they wash the dishes!! Despite this, if you want to enjoy this market (which I think is worth it) you can try the number 1 bank CHEZ AICHA (http://www.tripadvisor.com/Restaurant_Review-g293734-d1119672-Reviews-Aicha-Marrakech_Marrakech_Tensift_El_Haouz_Region .html), we ate very well there.

In Marrakesh, it's usually cheap. Good meals are made for € 6.

Praça Jemaa el fna (foto de Littlelle, editada por HRebelo)


Jantar nas bancas da Praça Jemaa el Fna (foto de Littlelle, editada por HRebelo)

Dress Code

As mulheres marroquinas andam maioritariamente cobertas da cabeça aos pés. Os sites e blogs de viagens aconselham as turistas a não usar roupas exuberantes, sendo por isso de evitar o uso de decotes e calções ou saias curtas. Nesta viagem fui acompanhada por duas amigas e nós não sentimos indiscrição por parte dos locais, toda a gente pareceu muito habituada ao turismo.

Moroccan women walk mostly covered from head to toe. Travel websites and blogs advise tourists not to wear lush clothes, so avoid wearing necklines and shorts or short skirts. On this trip I was accompanied by two female friends and we did not feel indiscretion from the locals, everyone seemed very accustomed to tourism.


Segurança e questões práticas

Apesar do choque cultural e da experiência do táxi, não achei a cidade perigosa. É aconselhado não ir tarde para o hotel (depois das 10 horas as lojas fecham e as ruas ficam vazias).
  • Para entrar em Marrocos é necessário ter o passaporte em dia. 
  • Não é necessária vacinação específica.
  • Moeda: Dirham marroquino
  • Apesar de haver multibanco disponível, paga-se comissão com os cartões de débito e crédito
  • Fuso horário: GMT
  • Língua oficial: árabe e francês
  • Quando ir: Devido ao calor as estações da primavera e do outono são mais aconselháveis.
  • Não são necessários adaptadores ou transformadores para aparelhos eléctricos, são iguais à maioria dos países europeus.

Security and practical issues 

Despite the culture shock and taxi experience, the city didn’t seem dangerous to me. It’s advisable not to go late to the hotel (after 10 am the shops close and the streets are empty).
  • To enter in Morocco you must have your passport up to date.
  • No specific vaccination is required.
  • Currency: Moroccan Dirham
  • Although there is ATM available, commission is paid with debit and credit cards
  • Time zone: GMT
  • Official language: Arabic and French
  • When to go: Due to the heat the spring and autumn seasons are more advisable.
  • No adapters or transformers are required for electrical appliances, they are the same as most European countries.


Contactos úteis | Useful contacts



Polícia turística | Tourist police: 0524384601

Posto de Turismo | Tourism office: 0524436131

Aeroporto de Marraquexe | Airport: 0524447910


SOS médico | Medical SOS: 0524404040


Para organizares a tua viagem de acordo com os pontos de interesse culturais e históricos desta cidade espreita a publicação Marrakesh painted by Littlelle, também neste blog.

To plan your trip according to cultural and historic points check out Marrakesh painted by Littlelle, also on this blog.

Viagem preparada? Travel prepared?
... et voilá!


sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Ladurée Soho, Nova Iorque






















Ladurée, a requintada pastelaria francesa conhecida pelos seus deliciosos macarons foi fundada em Paris em 1862 pela família com o mesmo nome. Foi remodelada e decorada uns anos mais tarde, em 1871, por Jules Cheret, um famoso pintor da época da reorganização de Paris por Haussmann. Com a mudança de hábitos e costumes do início do século XX e a exposição mundial realizada em Paris, esta pastelaria ganhou um novo conceito associado às novas aspirações e tendências femininas, apresentando um estilo clássico e sofisticado. Este conceito parisiense, que deixaria a Rainha Maria Antonieta encantada, mantém-se até aos dias de hoje e encontra-se difundida por todo o mundo. Eu fui encontrá-la numa rua de Soho em Nova Iorque, que boa surpresa!

Soho, Nova Iorque (foto de Littlelle)
A Ladurée Soho situa-se nesta zona trendy de Nova Iorque, apresenta várias salas e uma espécie de terraço com aspeto bucólico. As salas apresentam o habitual estilo clássico palaciano, uma em tons fortes e outra mais estilo salão de chá com tons pastel. 



Para o lanche a escolha recai obrigatoriamente sobre os macarons, sendo difícil escolher entre a variedade de sabores apresentados. Acabei por tomar um latte macchiato em versão mini, quando comparado com o mesmo exemplar do Starbucks, e escolhi várias macarons, entre eles o Marie Antoinette de cor azul turquesa. 


Saborear estes pequenos prazeres coloridos é algo indescritível, pela textura que se desfaz na boca e pela combinação de aromas e sabores.

Pequenas delícias que fazem grandes momentos...  

















Localização e horários:
398 West Broadway, 10012 New York
Aberta diariamente das 9h às22h.

sábado, 3 de setembro de 2016

Cat café Budapest


























Aberto desde 2013, o Cat café de Budapeste é o sítio ideal para fazer uma pausa diferente e divertida durante um passeio por esta belíssima cidade do leste da Europa. O café localiza-se no coração de Budapeste, pertíssimo da basílica de St. Stephen’s, e acolhe 10 gatos com os quais os clientes podem interagir enquanto tomam um chá ou um café. Em Budapeste o Cat café apresenta no seu menu uma grande variedade de chás, cafés, chocolates quentes e bolos. O espaço apresenta uma decoração simples mas engraçada associada ao conceito, dispõe de várias estantes e brinquedos para os gatos e mesas baixas para quem queira estar mais próximo dos mesmos. Os gatos estão bem cuidados e parecem estar bem ambientados, fazem a sua vidinha sem ligar muitos aos clientes que por lá passam. São curiosos e deixam fazer umas festas quando lhes apetece, são gatos... não podíamos esperar outra coisa.




Dada a especificidade deste café existem regras importantes a cumprir. É aconselhado não forçar o contacto com os gatos, para não levares uma arranhadela, não dar comida inapropriada aos gatos, o próprio café tem à venda snacks para dar aos animais, não acordar os gatos, manter a porta fechada para os mesmos não se ausentarem do café, lavar as mãos antes de mexer nos animais, a fim de evitar a transmição de doenças, também com esta finalidade, não se pode levar outros gatos ou animais para o café. Este conceito não passa por levar os nossos próprios gatos ao café, mas para conviver com os felinos alí existentes. Não gostávamos de estar a relaxar e ver dois gatos desconhecidos atiçados. Para assegurar as questões de saúde e higiene, os gatos pertencentes ao proprietário do café têm de estar devidamente vacinados e sem doenças. E não te preocupes o espaço encontra-se limpo e sem bolas de pêlos a rebolar pelo chão!



Este conceito de café nasceu em 1998 em Taiwan, tendo-se tornado muito popular no Japão a partir de 2005, onde o reduzido tamanho das habitações e a proibição de animais em condomínios, faz com que grande parte dos japoneses não tenha condições para ter animais em casa. Assim, o cat café dá resposta à necessidade de quem gosta de gatos e não pode ter um como companhia em sua casa para lidar com a solidão das grandes metropoles. Não esquecer ainda que está provado que brincar com gatos ajuda a reduzir a ansiedade, o stresse e a pressão arterial! No Japão existem também cafés com coelhos.


O conceito do cat café tem-se difundido por todo o mundo, não havendo ainda um grande número de cafés deste género na Europa. Em Portugal surgiu um há relativamente pouco tempo em Lisboa (Aqui há gato) que ainda não tive oportunidade de conhecer, mas estou desejosa para o fazer.



Localização e horário:

Révay utca 3., Budapest, Hungary, 1065

Aberto diariamente das 10 às 21 horas



















Have a nice time...