domingo, 16 de setembro de 2018

Expo 98, a visit to the past's pavilion


Passados 20 anos da realização da exposição mundial em Lisboa, com o tema dos Oceanos, relembro este evento como algo que poderá ter fomentado, em parte, o meu gosto pelas viagens. Aos 6 anos já me tinha estreado na Expo 92, realizada em Sevilha. Lembro-me de existirem pavilhões enormes com coisas diferentes de tudo o que tinha visto. Aos 12 anos, em Lisboa, a perspetiva e a experiência que tive a visitar cada pavilhão dos 146 países e 14 organizações internacionais presentes, foi bem mais completa. Para além de que em 98 estávamos “a jogar em casa”, e com uns pais igualmente loucos por viagens, fiz “excursões” frequentes a Lisboa, entre 22 de maio a 30 setembro de 1998, tendo sido um dos cerca de 11 milhões de visitantes da Expo 98.

After 20 years of the world exhibition in Lisbon, with the Oceans theme, I remember this event as something that may have fostered, in part, my travel bug. By the age of 6 I had already made my debut in Expo 92, hosted in Seville. I remember that there were huge pavilions with so many things different from everything I had seen before. With 12 years old, in Lisbon, the perspective and experience I had while visiting each pavilion of the 146 countries and 14 international organizations present there, was much more complete. Apart from the fact that in 1998 we were "playing at home", and with some equally travel-crazy parents, I made frequent "excursions" to Lisbon between May 22 and September 30, 1998, being one of the 11 million visitors of the Expo 98.
Postal da Expo 92


Postal Expo 98
Recinto da Expo 98 em Lisboa (photo by Mário Santos)
Bem, entrar no Parque das Nações onde se realizou a Expo em 98, naquele tempo era como entrar numa realidade paralela, onde havia muita coisa nova para conhecer, envolta em inovação ambiental e tecnológica. Por exemplo, lembro-me de ter um relógio da Swatch, modelo Adamastor, que continha um chip que servia como bilhete eletrónico para entrar no recinto. Isto hoje é completamente banal com os smartphones, mas há 20 atrás era uma grande novidade. Para ires de uma ponta à outra do parque podias ir de teleférico, uma viagem que percorria cerca de 1.230 metros à beira do Tejo. Como uma senhora que aguardava à minha frente na fila dizia: “vamos andar nos cestos”.

So, entering Parque das Nações where the Expo was held in 98, in that time was like entering in a parallel reality, where there were too many things to get to know, surrounded by environmental and technological innovation. For example, I remember having a Swatch watch, model Adamastor, which contained a chip that served as an electronic ticket to enter the venue. This today is completely normal with smartphones, but 20 years ago was a great novelty. To go from one end to the other of the park you could go by cable car, a trip that travelled about 1,230 meters at the edge of the Tagus. As one lady standing in front of me in the line said: "We will go on the baskets!"


Bilhete para a Expo 98
Entrada principal para a Expo 98 (photo by Mário Santos)
Teleférico (photo by Mário Santos)
Podias caminhar pelo parque por entre as alamedas e jardins, mas em plenos meses de verão o calor era considerável, o que não era proporcional ao número de sombras existentes. Existia, no entanto, vários sítios refrescantes, como a Alameda dos Oceanos com vulcões de água que explodiam de tempos em tempos ou os Jardins de Água com uma grande cascata. Na altura imaginava-me a meter-me lá de baixo, mas fiquei pela imaginação só, infelizmente!

You could walk through the park through the alleys and gardens, but in full summer months the heat was considerable, which was not proportional with the number of shadows. There were, however, several refreshing places, like the Alameda dos Oceanos with volcanoes of water that exploded from time to time or the Water Gardens with a great waterfall. At the time I imagined myself getting underneath, but I was only imagining, unfortunately!
Vulcão de água (photo by Mário Santos)
Vulcão de água (photo by Mário Santos)
 Para qualquer criança a mascote era também uma atração. Ainda hoje recordo o Gil com carinho, batizado em homenagem ao navegador português Gil Eanes, tendo o peluche bem guardado em lá casa.

For any child the mascot was also an attraction. Even today I remember Gil with affection, baptized in honour of the Portuguese navigator Gil Eanes. I still have Gil teddy well-kept at home.


Gil (photo by Mário Santos)
Para além de todo o cativante cenário, foram vários os pavilhões que me ficaram na memória. Para além dos pavilhões dos países e organizações participantes, onde cada um dava a conhecer a sua história, cultura e gastronomia, existiam também vários edifícios dedicados ao tema do evento: “Os Oceanos um património para o futuro”. Estes eram o Pavilhão do Conhecimento dos Mares, Pavilhão do Futuro, Pavilhão dos Oceanos, Pavilhão de Portugal, Pavilhão da Realidade Virtual e Pavilhão da Utopia.

Apart from all the captivating scenery, there were several pavilions that stayed in my memory. In addition to the pavilions of the participating countries and organizations, where each one showed its history, culture and gastronomy, there were also several buildings dedicated to the theme of the event: "The Oceans a heritage for the future". These were the Knowledge Pavilion of the Seas, Pavilion of the Future, Pavilion of the Oceans, Pavilion of Portugal, Pavilion of Virtual Reality and Pavilion of Utopia.
Pavilhão do Japão (photo by Mário Santos)
Submarino no Pavilhão do Japão (photo by Mário Santos)
Pavilhão da Coca-Cola (photo by Mário Santos)
Pavilhão dos Oceanos (photo by Mário Santos)
Dos pavilhões, lembro-me especialmente do Pavilhão de Macau, que recriou a fachada das Ruínas da Igreja de São Paulo, onde bebi o meu chá favorito pela primeira vez, o chá de jasmim. O Pavilhão da Suécia com Ovos gigantes, que no interior possuíam o clima das diferentes estações do ano, ou do Pavilhão das Ilhas Seicheles onde tinham uma tartaruga gigante.

From the pavilions, I particularly remember the Macau Pavilion, which re-created the facade of the Ruins of St. Paul's Church, where I drank my favourite tea for the first time, the jasmine tea. The Swedish Pavilion with Giant Eggs, which in the interior had the weather of the different seasons, or the Seychelles Pavilion where they had a giant tortoise.


Pavilhão de Macau (photo by Mário Santos)
Os pavilhões mais procurados tinham filas enormes, até existiam bancos descartáveis que as pessoas podiam adquirir para descansar as pernocas. No caso de ires com companhia também podias sempre revezar e aproveitar para ir a outros pavilhões sem fila, como por exemplo, seguir o cheirinho a Chausson de maçã até ao Pavilhão de França e deliciares-te com as guloseimas daquele ou de outros países.  

The most sought-after pavilions had huge queues, there were even disposable benches that people could get to rest their legs. In case you go with company, you could always take turns and go to other lodges without queuing, for example, follow the smell of apple Chausson to the Pavilion of France and enjoy the delicacies of that or other countries.


Longas filas (photo by Mário Santos)
Para a posterioridade ficaram pavilhões como o de Portugal, que é um ícone da arquitetura do Parque das Nações com a famosa pala desenhada por Siza Vieira. O Pavilhão da Utopia, atual Altice Arena, onde se realizam muitos concertos, na altura realizava-se um espetáculo multimédia intitulado “Oceanos e Utopias”, uma viagem desde a suposta origem do Universo até à atualidade. O Oceanário, é claro, com as lontras Amália e Eusébio, o segundo maior da Europa. O Teatro Camões, sede atual da Companhia Nacional de Bailado, o Pavilhão do Futuro, atual Casino de Lisboa, o Pavilhão do Conhecimento dos Mares, atual Museu da Ciência, a Gare do Oriente, desenhada por Santiago Calatrava, o Centro Comercial Vasco da Gama, que na altura era a entrada principal no recinto, a Ponte Vasco da Gama e a torre com o mesmo nome ao seu lado, agora Hotel Myriad by Sana, que faz lembrar um dos hotéis do Dubai.

For posteriority, this place keep pavilions like Portugal, which is an icon of the architecture of the Parque das Nações, with the famous roof designed by Siza Vieira. The Utopia Pavilion, nowadays named Altice Arena, where many concerts take place, at the time a multimedia show entitled "Oceans and Utopias", whose aim was to take you into a trip from the supposed origin of the Universe until the present time. The Oceanarium, of course, with the otters Amalia and Eusébio, the second largest in Europe. The Camões Theater, current headquarters of the National Ballet Company, the Pavilhão do Futuro, the current Casino de Lisboa, Pavilhão do Conhecimento dos Mares, current Museum of Science, Gare do Oriente, designed by Santiago Calatrava, Vasco da Gama Shopping Center, which at the time was the main entrance to the venue, the Vasco da Gama Bridge and the tower with the same name by its side, now Hotel Myriad by Sana, reminiscent of one of Dubai's hotels.
Pavilhão de Portugal (photo by Littlelle)
Pavilhão da Utopia, atual Altice Arena (photo by Littlelle)
Lontra no Oceanário de Lisboa (photo by Littlelle)
Oceanário (photo by Littlelle)
Oceanário (photo by Littlelle)
Teatro Camões (photo by Mário Santos)
Cada dia na Expo era uma festa, por isso terminava em grande, com um espetáculo multimédia, o Acqua Matrix.

Every day at the Expo was a party, so it ended a great way, with a multimedia spectacle, the Acqua Matrix.
Praça Sony (photo by António Matias)
Olharapos (photo by Mário Santos)
Impressionante como um evento pode transformar uma cidade. No atual Parque das Nações, onde ficam hoje todos estes edifícios com lojas, restaurantes, museus, serviços e empresas, era antigamente um parque industrial. Particularmente, pode também inspirar e moldar a vida de alguém, no meu caso considero um dos eventos significativos na minha vida. Se formos a ver, no contexto histórico dos anos 90, visitar uma exposição mundial, quase que é análogo a viajar de forma low cost hoje em dia, uma vez que na altura não existia uma facilidade tão grande em viajar ou estar em permanente ligação ao que se passa no mundo ao nosso redor. As fotografias desta publicação são especiais, pois pertencem a três gerações da minha família. São minhas, do meu pai e do meu avô materno, pessoas que me contagiaram com a sua paixão pela fotografia. Destaco então esta publicação para assinalar o 2º ano deste blog de viagens, onde fiz todo este throwback ao passado. Somos uma construção de experiências 😊

Impressive how an event can transform a city. In the current Parque das Nações, where are today all these buildings with shops, restaurants, museums, services and companies, was formerly an industrial park. In particular, it can also inspire and shape one's life, in my case I consider one of the significant events of my life. Thinking about it, in the historical context of the 90s, visiting a world exhibition is almost analogous to travel in a low cost way nowadays, since at the time there wasn’t such a great facility in traveling or being in permanent connection with world around us. The photos in this publication are special because they belong to three generations of my family. They are mine, from my father and my maternal grandfather, people who infected me with their contagious passion for photography. So, with this special post, I highlight the 2nd year of this travel blog, I did all this throwback to the past. We are a building of experiences 😊
Parque das Nações pós Expo 98 (photo by Mário Santos)
Parque das Nações em 2018 (photo by Littlelle)

1 comentário:

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